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Programa de Intervenção Social realizado pelo Movimento das Forças Armadas (MFA) (Programa 6 (I), Trilha 1): Boas práticas do MFA.

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Programa de Intervenção Social realizado pelo Movimento das Forças Armadas (MFA) (Programa 6 (I), Trilha 1): Boas práticas do MFA.

Detalhes do registo

Nível de descrição

Documento simples   Documento simples

Código de referência

PT/ADN/EMGFA/5DIV/022/015

Título

Programa de Intervenção Social realizado pelo Movimento das Forças Armadas (MFA) (Programa 6 (I), Trilha 1): Boas práticas do MFA.

Datas de produção

1975-12-14  a  1975-12-14 

Dimensão e suporte

1 ficheiro áudio MP4, 29m17

Registo audiovisual

https://vimeo.com/1085447616

Âmbito e conteúdo

Programa emitido pela Emissora Nacional e produzido pelo Estado-Maior General das Forças Armadas (EMGFA), começa com a enumeração das boas práticas a serem implementadas pelo MFA para uma melhor eficácia do movimento. Leitura de algumas passagens de um documento criado por consequência direta do golpe contra os revolucionários do 25 de Novembro. Deveres das Forças Armadas e a implementação nas Forças Armadas Portuguesas de um tipo de comando que utiliza e incentiva o diálogo e o esclarecimento permanentes bem como a capacidade criadora e critica de todos os componentes de uma unidades de qualquer escalão como forma de obter uma disciplina que permita respeitar os seguintes princípios: Unidade de doutrina visando a consolidação do espírito de corpo, Unidade de comando donde deriva que a responsabilidade de decisão é sempre do  comandante, Cumprimento de missão o que tem como consequência que as ordens recebidas não podem ser contestadas ultrapassadas ou ignoradas. As várias temáticas são intercaladas com música.

Cota antiga

P6P1

Idioma e escrita

Português

Existência e localização de originais

Áudio analógico (em fita de arrasto).

Existência e localização de cópias

Ficheiros digitais WAP (matriz), MP3 e MP4 (derivadas).

Transcrição

Estado-Maior General das Forças Armadas. Começa neste instante a edição número seis do programa especial do Estado Maior General das Forças Armadas, transmitido na rede metropolitana da Emissora Nacional, Onda Média e Frequência Modelada. Este programa de intervenção social é realizado por um grupo de trabalho e sob incumbência do Estado Maior General das Forças Armadas, aparece todos os domingos de manhã, entre as nove e as onze horas, logo a seguir ao jornal da manhã da emissora. Por intermédio dele dos textos e da música que por aqui vão passar, o MFA apresenta os bons dias aos militares, aos portugueses.07m58: Os partidos políticos já demonstraram bem, ao longo do processo revolucionário, as suas insuficiências e contradições, desde o início que o MFA afirmou a necessidade de as Forças Armadas serem supra-partidárias. Para desempenhar o papel histórico a que se propôs perante o povo português em 25 de abril, o MFA terá de se manter liberto dos interesses partidários, de facto as divisões, as desconfianças, os medos introduzidos nas Forças Armadas pelos partidos políticos têm contribuído muito para a falta de eficácia do MFA e até para a deterioração do processo revolucionário. O combate aberto às infiltrações partidárias no seio das Forças Armadas é, portando a pedra fundamental por onde passa hoje a operacionalidade e a própria disciplina revolucionária.10m02: O que acabam de ouvir foi dito no programa do Estado Maior General das Forças Armadas, através desta mesma antena no dia 16 de novembro passado, estamos hoje a 14 de dezembro.14m33: O Conselho da Revolução promulgou, no passado dia 11 de dezembro, uma Lei constitucional relacionada com a reorganização das Forças Armadas.15m40: Muito embora todos os órgãos de comunicação social tenham dado a este documento o relevo que lhe é devido e a importância de que dele se extrai como consequência direta do golpe contrarrevolucionário do 25 de novembro achamos oportuno ler aqui determinadas passagens mais significativas.16m45: Considerando que a revolução portuguesa visando estabelecer no país uma sociedade democrática e socialista terá forçosamente que se desenvolver de acordo com as condições objetivas que se verificam em Portugal e não copiando modelos experimentados pela história em situações concretas diferentes. As Forças Armadas Portuguesas são parte do povo e asseguram o prosseguimento da revolução portuguesa.18m07: Juntamente com as forças militarizadas são as únicas organizações armadas a quem o povo português concede autoridade para o defender. As Forças Armadas Portuguesas têm a missão histórica de garantir as condições que permitam a transição pacífica e pluralista da sociedade portuguesa para a democracia e o socialismo, estão em condições de em qualquer momento desenvolver as operações militares necessárias a que se garanta uma verdadeira independência nacional e colaboram nas tarefas de reconstrução nacional.20m01: As Forças Armadas Portuguesas constituem o suporte último de autoridade de que o poder político necessita, para conduzir o país numa via de transição pacífica e pluralista para a democracia e o socialismo, até à entrada em vigor da constituição as Forças Armadas Portuguesas obedecem ao Conselho da Revolução por intermédio do Chefe do Estado Maior General das Forças Armadas, depois da entrada em vigor da constituição as Forças Armadas Portuguesas obedecem, por  intermédio do Chefe do Estado Maior General das Forças Armadas, aos órgãos do poder nela consagrados tendo em conta as disposições da plataforma de acordo constitucional com os partidos políticos.22m04: As Forças Armadas Portuguesas, todos os seus Organismos, Unidades, Estabelecimentos Militares e componentes individuais são rigorosamente apartidárias não se permitindo que no seu seio sejam desenvolvidas atividades politicamente sectárias e que veiculem táticas e objetivos partidários para o seu interior.23m12: As Forças Armadas Portuguesas não estão ao serviço de nenhum partido, mas sim ao serviço do povo português.24m11: Assim, os elementos das Forças Armadas Portuguesas terão que observar os objetivos da maioria do povo consignados na sua constituição, não poderão estar ao serviço de nenhum partido político, não poderão aproveitar-se da sua arma, posto ou função para obrigar ou mesmo influenciar a escolha de uma determinada via política, essa escolha é feita pelo povo ao serviço do qual as Forças Armadas Portuguesas se encontram. Deverão em especial os quadros, impedir que as unidades que comandam sejam manipuladas por interesses partidários, garantindo que as diferenças de opinião dos seus homens quanto ao caminho a seguir não ameacem a coesão de todos eles e do povo português quanto aos objetivos a atingir. Deverão, em especial, os quadros ter grande competência técnica, por forma a que as Forças Armadas Portuguesas sejam suficientemente capazes para cumprirem com eficácia as missões que lhe foram cometidas.27m01: Nas Forças Armadas Portuguesas será praticado um tipo de comando que utilizando e incentivando o diálogo e o esclarecimento permanentes, bem como a capacidade criadora e crítica de todos os componentes de uma unidade de qualquer escalão, como forma de obter uma disciplina consciente permita respeitar os seguintes princípios: Unidade de Doutrina visando a consolidação do espírito de corpo, Unidade de Comando donde deriva que a responsabilidade de decisão é sempre do comandante, Cumprimento da Missão, o que tem como consequência que as ordens recebidas não podem ser contestadas, ultrapassadas ou ignoradas.