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5ª Divisão - Dinamização Cultural e Ação Cívica.

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5ª Divisão - Dinamização Cultural e Ação Cívica.

Detalhes do registo

Nível de descrição

Secção   Secção

Código de referência

PT/ADN/EMGFA/5DIV

Tipo de título

Formal

Título

5ª Divisão - Dinamização Cultural e Ação Cívica.

Título paralelo

Divisão de Assuntos Político-Militares e Divisão de Informação e Relações Públicas (DIRP).

Datas de produção

1974  a  1978 

Dimensão e suporte

62 Unidades de instalação, 413 processos, 11 copiadores de correspondência, 8 fotografias p/b e 34 áudios em ficheiro MP3. Contém também diversas publicações, folhetos, recortes de imprensa.

Produtor

Registo Código Tipo de relação Datas da relação
Registo de autoridadeEstado Maior General das Forças Armadas. Divisão de Informação e Relações Públicas Estado Maior General das Forças Armadas; 5ª Divisão EMGFA.5DIV Produtor

História administrativa/biográfica/familiar

A 5ª Divisão do Estado Maior General das Forças Armadas (EMGFA) foi a herdeira do Serviço de Informação Pública das Forças Armadas (SIPFA) que funcionava no Secretariado Geral de Defesa Nacional (SGDN). O SIPFA baseava-se numa estrutura que servia a finalidade de informar o público nacional e internacional focando essencialmente a condução da guerra do ultramar, depois de 1961. Durante largos anos, a atividade do SIPFA a par dos comunicados da situação militar nos teatros de operações e dos nomes dos feridos e falecidos incidiu também em alguns programas de rádio e filmes de propaganda que justificavam a estratégia definida na época. Devido à situação político-militar emergente do 25 de Abril, a Comissão Coordenadora do programa do Movimento das Forças Armadas (MFA), enquanto principal motor do novo movimento, decidiu reestruturar o SIPFA, de forma a conseguir um órgão adaptado às novas missões, alterando a sua designação para Centro de Esclarecimento e Informação Pública das Forças Armadas (CEIPFA) e que ficou conhecido pela 5ª Divisão do EMGFA.A criação da 5ª Divisão sofreu vários impedimentos na sua entrada em funcionamento bem como na sua organização. Em julho de 1974, o coronel Vasco Gonçalves, chefe da divisão, tinha sido designado Primeiro-ministro; a quase totalidade do pessoal da divisão estava empenhada em tarefas externas; e as instalações a ocupar provisoriamente só estariam disponíveis no final do ano. Inicialmente propôs-se a seguinte constituição orgânica: a) Chefia da divisão b) 1ª Repartição - Coordenação de Assuntos Político-Sociais integrando elementos militares que ocupassem lugares no Conselho de Estado e seus assessores e facultava apoio à Junta de Salvação Nacional através do CEMGFA.c) 2ª Repartição - Informação Pública e de formação da opinião pública, integrava o SIPFA como órgão de execução e elaborava, acionava e controlava a execução das diretivas, planos e ordens referentes ao setor militar (consciencialização e imagem) e ao setor civil (grupos sociais e profissionais), estabelecia ligação com a 2ª divisão do EMGFA, com o COPCON (Comando Operacional do Continente), com o Ministério da Comunicação Social, com os estados-maiores dos Ramos e Serviço Cartográfico do Exército.d) 3ª Repartição - Estudos Gerais que integrava ou requisitava especialistas no domínio da informação, promovia estudos e satisfazia consultas que visavam o conhecimento científico e estatístico das várias forças políticas, económicas e sociais, sondagens e testes de opinião e fazia a ligação com a 2ª Divisão do EMGFA e organismos técnicos civis competentes.e) 4ª Repartição - Administrativa com funções de contabilidade pagadoria, Secretariado, Arquivo e Reprografia e Segurança.Em Janeiro de 1975, e depois de apreciação superior, considerou-se que se constituíssem as seguintes repartições na 5ª Divisão: Relações Públicas (com um elevado volume de entradas de documentos), Pesquisa de Dados, Informação e Esclarecimento (tratava das equipas itinerantes, planeamento dos programas de rádio e TV, boletim do MFA, etc.) e Planeamento. No entanto, alguns dos assuntos tratados pela divisão não se enquadravam em nenhuma daquelas repartições, pelo que havia a necessidade de se criarem grupos de trabalho para fins específicos nomeadamente os referentes ao apoio cívico, habitação e cooperativismo a Comissão Central de Dinamização Cultural e Esclarecimento Cívico. A falta de pessoal era também um dos problemas vividos por esta divisão.Superiormente optou-se por uma nova solução: a 5ª Divisão passava a designar-se Divisão de Assuntos Político-Militares e ficava na direta dependência do CEMGFA, dava assessoria ao Conselho da Revolução e funcionava como um órgão de planeamento, coordenação e acionamento das atividades a desenvolver, no cumprimento do Programa do MFA (Movimento das Forças Armadas), competindo-lhe especificamente:a) Secretariar a Assembleia do MFA;b) Detetar desvios ao cumprimento do programa do MFA e propor medidas pertinentes para a correção;c) Planear a ação cívica a desenvolver pelas Forças Armadas em apoio das tarefas de reconstrução nacional;d) Impulsionar o desenvolvimento e a aplicação dos conhecimentos de política e sociologia militar nos Ramos das Forças Armadas;e) Desenvolver ações de caráter informativo a nível nacional, no sentido de esclarecer os militares e a população civil quanto ao cumprimento do programa do MFA com a finalidade de consolidar a compreensão e a mútua identificação entre o Povo e as Forças Armadas;f) Manter estreita ligação com a população civil a fim de desenvolver o interesse pela solução dos problemas nacionais; g) Promover a dinamização e o esclarecimento político dos militares e da população civil, com recurso à colaboração e apoio de organismos do estado e de associações culturais públicas ou privadas, sempre que necessários. Para a nova missão, a 5ª Divisão passou a constituir-se da seguinte forma:• Chefe da divisão, • Gabinete de Estudos e Coordenação, • Centro de Sociologia Militar, • Centro de Esclarecimento e Informação Pública (CEIP), nova designação do CEIPFA que integrava a ex-SIPFA,• Comissão Dinamizadora Central (CODICE),• Serviços Administrativos.No entanto, a 5 ª Divisão não conseguiu desenvolver, na prática, toda a atividade que lhe competia. Desta forma, no início de 1976, e por determinação do CEMGFA, a 5ª Divisão foi reestruturada, reduzida às dimensões normais de um órgão do EMGFA encarregado da informação pública e das tropas, das relações públicas e assuntos civis, não tendo funções de natureza política as quais competiam aos órgãos de soberania previstos na plataforma MFA - Partidos. A sua missão, enquanto órgão do Estado Maior Coordenador do EMGFA, relacionava-se com o desenvolvimento de ações de caráter informativo a nível nacional dirigidas às Forças Armadas e à população civil, com a finalidade de contribuir para aumentar a eficiência operacional das Forças Armadas e consolidar a compreensão e mútua identificação entre o povo e as Forças Armadas; tratamento das tarefas de “Assuntos Civis” e planeamento e coordenação da ação cívica das Forças Armadas em apoio das tarefas de reconstrução nacional; desenvolvimento das atividades de relações públicas necessárias ao EMGFA e desenvolvimento e aplicação dos conhecimentos de sociologia militar nas Forças Armadas.A 5ª Divisão organizou-se da seguinte forma:• Chefe da Divisão, • Repartição de Estudos e Coordenação (recolhia, através de inquéritos de opinião de imprensa, relatórios dos Ramos, todos os dados que lhe permitissem manter atualizados os estudos da situação psicológica das tropas e da população, promovia a elaboração de planos gerais de informação, diretivas às Forças Armadas e textos de apoio aos órgãos de informação); • Repartição de Esclarecimento e Informação (concretizava os planos gerais de informação, difundindo informações através dos órgãos similares da cadeia militar e dos meios de comunicação social, criava sistemas de resposta imediata para esclarecimento da opinião pública e dos militares e para rebater falsas notícias, estabelecia contactos com a imprensa, servindo-se dos meios de comunicação através do Ministério da Comunicação Social); • Repartição de Relações Públicas (tinha a seu cargo as tarefas de relações públicas do EMGFA, canalizando dados para a Repartição de estudos e Coordenação); • Repartição de Assuntos Civis (tinha por missão recolher os pedidos de reforço de meios humanos e materiais dos escalões inferiores e efetuar junto dos órgãos adequados as diligências necessárias para que os pedidos fossem satisfeitos, planeava ações globais e pontuais de ação cívica, constituindo equipas de acordo com a missão especifica);• Secção Administrativa.O antigo Centro de Estudos de Sociologia Militar passou a depender tecnicamente da Divisão e diretamente subordinado ao CEMGFA, a nível operacional.

Estatuto legal

Administração Central do Estado. Defesa Nacional.

Funções, ocupações e atividades

Criada após o 25 de abril de 1974 para a dinamização cultural e ação cívica.

Estrutura interna/genealogia

Várias reorganizações internas, em 1974, 1975 e 1976 cf. informação no campo da "História Administrativa".

Contexto geral

Pós 25 de abril.

História custodial e arquivística

A documentação da 5ª Divisão do EMGFA encontrava-se depositada em São Julião da Barra juntamente com o Secretariado Geral da Defesa Nacional.

Fonte imediata de aquisição ou transferência

Transferido para o ADN, em Paço de Arcos, em Junho de 2008. A série 21 do programa de intervenção social do MFA foi integrada no ADN em abril de 2025.

Âmbito e conteúdo

A 5ª Divisão do EMGFA é constituída por processos relativos a ação da Divisão no processo de dinamização cultural e ação cívica através da CODICE (Comissão de Dinamização Central) e das CODIRES (Comissões de Dinamização Regionais) nomeadamente dos Açores e Madeira, Comissão Norte com destaque para a campanha Maio-Nordeste em Trás-os-Montes e campanha Ação Verdade no Minho, no Comissão Centro com as comissões distritais de Coimbra, Guarda, Leiria e Aveiro; Comissão Lisboa, Comissão Sul com as campanhas do Alentejo em Beja, Portalegre, Elvas e Estremoz; e Comissão Faro com as atividades no Algarve através das distritais de Faro, Portimão, Tavira e Lagos. Inclui o Programa de Intervenção Social do MFA (áudio).Para além destes processos, ressalvamos as séries de correspondência recebida de particulares e de entidades oficiais sobre diversos assuntos para os quais se pedia a intervenção das Forças Armadas, em geral, e da 5ª Divisão, em particular. Dos assuntos tratados destacam-se as informações militares com relatórios da 2ª Repartição do Estado Maior do Exército (EME), da 2ª Divisão do EMGFA e COPCON (Comando Operacional do Continente); partidos e propaganda política, situação social e espírito das populações, sindicalismo e relações laborais, ultramar e assuntos das províncias e relações internacionais incluindo o relatório diário da situação socio-política da Guiné. A nível da imprensa surgem os processos com recortes de notícias e transcrições de artigos da imprensa nacional e estrangeira sobre a situação política de Portugal e da ação do MFA (Movimento das Forças Armadas) e um conjunto de artigos sobre política internacional, no período de 23 de setembro a 2 de outubro de 1974, das agências noticiosas France Press e Reuter.

Sistema de organização

Os processos da 5ª Divisão encontravam-se dispersos pelo fundo geral do Arquivo da Defesa Nacional, pelo que foi necessário proceder-se à sua identificação, levantamento preliminar e avaliação da documentação. A análise do fundo permitiu reconhecer a não existência de classificadores originais, uma vez que era atribuído um número sequencial de entrada à documentação, iniciando-se o estudo dos processos de forma a constituírem-se séries documentais, “A posteriori”. A análise e avaliação dos processos permitiu constituir o seguinte plano de classificação: SR. 1 - Estrutura da 5ª Divisão do EMGFASR. 2 - Correspondência de Particulares e Entidades OficiaisSR. 3 - Forças ArmadasSR. 4 - Informações MilitaresSR. 5 - Partidos e Propaganda PolíticaSR. 6 - Situação Social e Espírito das PopulaçõesSR. 7 - Sindicalismos e Relações LaboraisSR. 8 - UltramarSR. 9 - Relatório Diário da Situação Socio-Política da GuinéSR. 10 - ImprensaSSR. 1 - Artigos da France Press e da ReuterSR. 11 - Junta de Salvação Nacional (JSN)SR. 12 - MFA (Movimento das Forças Armadas)SR. 13 - CODICE (Comissão de Dinamização Central)SR. 14 - CODIRE Açores e MadeiraSR. 15 - CODIRE NorteSR. 16 - CODIRE CentroSR. 17 - CODIRE LisboaSR. 18 - CODIRE SulSR. 19 - CODIRE FaroSR. 20 - Correspondência Expedida pela CODICESR. 21 - Telexes e Mensagens Recebidas pela CODICESR. 22 - Programa de Intervenção Social do MFA (áudio)Os processos estão na sua maior parte ordenados por ordem original de processo. A partir de 1975, a correspondência recebida deixou de ser organizada por assuntos e passou a ser ordenada por número de entrada. Nalgumas séries, e sempre que se justificasse essa opção, optou-se pela ordem cronológica.

Condições de acesso

O acesso à documentação faz-se de acordo com a lei geral aplicável e despacho MDN de 14/12/2010 que desclassificou os fundos históricos do ADN.

Idioma e escrita

Contém documentos em português, inglês, francês, italiano e espanhol.

Características físicas e requisitos técnicos

Alguns documentos encontram-se em mau estado de conservação afetando a sua leitura.

Instrumentos de pesquisa

Base de dados e inventário.

Existência e localização de cópias

Arquivo digitalizado no âmbito das Comemorações dos 50 anos do 25 de Abril - Defesa Nacional.

Unidades de descrição relacionadas

Ver o fundo o fundo do Serviço de Informação Pública das Forças Armadas (SIPFA) em [ADN/SIPFA] e outras secções do fundo do EMGFA [ADN/EMGFA] nomeadamente a Divisão de Informação e Relações Públicas (DIRP) ADN/EMGFA/DIRP e fundo do CEMGFA ADN/CEMGFA/GAB.