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Programa de Intervenção Social realizado pelo Movimento das Forças Armadas (MFA) (Programa 1, Trilha 1): Apelo à responsabilidade de todos para uma intervenção efetiva na Revolução Socialista.

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Programa de Intervenção Social realizado pelo Movimento das Forças Armadas (MFA) (Programa 1, Trilha 1): Apelo à responsabilidade de todos para uma intervenção efetiva na Revolução Socialista.

Detalhes do registo

Nível de descrição

Documento simples   Documento simples

Código de referência

PT/ADN/EMGFA/5DIV/022/001

Título

Programa de Intervenção Social realizado pelo Movimento das Forças Armadas (MFA) (Programa 1, Trilha 1): Apelo à responsabilidade de todos para uma intervenção efetiva na Revolução Socialista.

Datas de produção

1974  a  1974 

Dimensão e suporte

1 ficheiro áudio MP4, 30m07.

Registo audiovisual

https://vimeo.com/1085446741

Âmbito e conteúdo

Programa emitido pela Emissora Nacional e produzido pelo Estado-Maior General das Forças Armadas (EMGFA), dedicado à intervenção na Revolução Socialista com referência à falta de cultura do povo português herdada de um regime terrorista, incentivo à luta contra o fardo do antigamente com apelo à projeção da Revolução Socialista e ao investimento no conhecimento para uma maior capacidade crítica das massas trabalhadoras. As várias temáticas abordadas são intercaladas com música.

Cota antiga

P1S2

Idioma e escrita

Português

Existência e localização de originais

Áudio analógico (em fita de arrasto).

Existência e localização de cópias

Ficheiros digitais WAP (matriz), MP3 e MP4 (derivadas).

Transcrição

Estado Maior General das Forças Armadas. Este é o primeiro de uma nova série de programas, realizados por incumbência do Estado Maior General das Forças Armadas e transmitidos na Emissora Nacional, através da sua rede de emissores do Programa 1, Onda Média e Frequência Modelada. Este é como seria de esperar, um programa de intervenção social, que acontece aos domingos de manhã, entre as onze e o meio-dia, para já, para já por que se prevê, que dentro em breve, seja um pouco mais extenso, vindo a começar mais cedo. Assim através deste programa o MFA dá os bons dias aos militares, aos portugueses.04m22: O que significa refletir?06m42: Refletir não é senão debater prós e contras. Contrapor argumentos, confrontá-los. Isto é participar num diálogo, numa discussão ou debate, conservando, no entanto, o espírito aberto, mas crítico.07m28: É importante ouvir o que nos dizem. Ouvir, não é tão fácil nem tão frequente quanto parece. Saber ouvir, muito menos. Ora, ouvir o que nos dizem não significa abdicar do nosso próprio pensamento, sobre o que vale ou não vale uma teoria ou um projeto. Em consequência deste exercício mental, cada um de nós pode contribuir ativamente para um bem global coletivo.10m24: Os pontos de contacto de um homem com outros homens são conquistas do pensamento criativo, numa comunhão participada e quotidiana da vida de todos nós, no sentido de uma nova vida. Na caminhada para uma sociedade diferente, que afinal todos desejamos, temos de deixar de ser espetadores. Portanto, a revolução socialista só será autêntica se passarmos a ser atores da peça. Quem diz ator, como é evidente, diz responsável.11m37: À partida a sociedade que herdamos é um aleijão no tempo histórico da nossa revolução e é por isso que as pessoas se cruzam sem se verem, sem se olharem.15m33: As sequelas herdadas debilitaram seriamente muitos de nós.15m56: As sequelas herdadas debilitaram, realmente e muito seriamente, muitos de nós. Pois bem, eu diria que, eu próprio, sou uma sequela viva. Sequelas são os traumatismos, os complexos, o medo, os medos, a falta de cultura. A falta de cultura é um dos maiores crimes cometidos pelo regime terrorista que nos dominou. Compete-nos lutar contra o fardo do antigamente, para a projeção da Revolução Socialista.17m37: Lutar contra o fardo do antigamente para projetar a Revolução Socialista, porque a autenticidade da nossa Revolução depende e muito das armas do conhecimento e da capacidade que tiverem os privilegiados, como nós, de muito depressa, democratizar esse mesmo conhecimento, ou seja, colocá-lo à disposição das classes trabalhadoras, sem dirigismos, nem paternalismo. Desse modo, criar-se-ão as condições necessárias para que as massas trabalhadoras tenham capacidade de crítica. É claro que a posse do conhecimento, cada vez mais aprofundado, vai permitir às massas trabalhadoras uma maior análise crítica e simultaneamente o controle do próprio processo Revolucionário.24m56: A inserção de milhares e milhares de trabalhadores na responsabilidade da execução prática do projeto político é condição essencial para que, em Portugal, a Revolução não descambe para os métodos burocráticos, os quais pouco ou nada mesmo têm a ver com os interesses dos mesmos trabalhadores.27m27: Qualquer militar pode pôr a si mesmo, permanentemente, várias perguntas: Serão os chefes competentes, justos e não sectários? Ou pelo contrário, falam muito para encobrir a sua ignorância? São injustos e atuam na prática como se fossem membros de quaisquer partidos políticos? Estarão os militares preocupados em se esclarecerem para serem os revolucionários conscientes?29m20: Ultimamente estamos habituados a ouvir falar de hierarquia, de competência e de hierarquia da competência. Mas importa perguntar o que significam esses termos.